quarta-feira, 23 de maio de 2007

A questão ETAR

O funcionamento da ETAR, tal como comprova o estudo por nós realizado e anteriormente publicado neste blog, é incompleto e incorrecto. O único passo do processo que decorre com sucesso é a recolha dos flutuantes sólidos presentes no efluente, o que por si só não dá um contributo significativo no tratamento do mesmo.

De acordo com confirmação do departamento técnico da Câmara Municipal, o sistema de tratamento da ETAR courense deveria terminar na segunda etapa do processo geral, depois de se terem adicionado floculantes (reagente químico que facilita a solidificação da matéria poluente e consequentemente a sua recolha) e depois de o efluente ter passado por um sistema de arejamento em que microrganismos deveriam decompor a poluição restante, resultando para um lado lamas, para o outro efluente tratado e pronto a ser lançado no rio.

Apesar do evidente incorrecto funcionamento da ETAR, as questões jurídicas que impedem a entrada em funcionamento da nova estrutura situada também em Formariz, parecem não avançar, numa altura em que está cada vez mais próximo o término da rede de saneamento básico de concelho. Na altura, e se ainda não estiverem ultrapassadas as diligências, como serão tratados os esgotos da quase totalidade das habitações courenses? Que sentido terá então o enorme investimento colocado quer na construção da nova ETAR, quer na estruturação da rede de saneamento básico? Poderá deixar a sua opinião, observação ou comentário sobre a questão na zona de comentários.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Palestra em análise

Mais que apurar o real estado ambiental do rio Coura, é necessário tomar desde já medidas para o preservar. Esta temática torna-se ainda mais importante se pensarmos que, se não forem devidamente informadas, as gerações futuras farão o mesmo que as presentes, em relação ao rio. Com efeito, organizamos em Março passado a palestra “Comportamentos individuais e colectivos necessários à preservação do rio Coura”, um espaço que pretendia reunir a informação ao debate e discussão, fazendo dos alunos parte integrante nesta matéria.

Maria do Carmo Miranda, representante do Parque Natural da Peneda Gerês, António Esteves, presidente da Paisagem Protegida do Corno de Bico e Arlindo Alves, membro da CDU concelhia e parte activa em diversas questões ambientais, propuseram-se transformar um pouco do seu conhecimento sobre a matéria em informação útil à preservação do principal curso de água do concelho. Em inquérito posterior, os alunos intervenientes avaliaram o desempenho dos oradores e o decurso geral da palestra.

Como referido, o principal objectivo a que a palestra se propunha era a informação, responsabilizando-se cada um dos oradores pelo modo como organizaria a sua intervenção. A maioria dos alunos inquiridos classificou com um “bom” a informação exposta, verificando-se uma quase igualdade nas opiniões favoráveis ao “muito bom” e ao “satisfatório”. Enquanto que Maria do Carmo Miranda acentuou a importância da água no mundo vivo, os seus parâmetros de avaliação em cada um dos diversos ecossistemas da natureza e o modo como cada um pode preservar esse bem essencial, António Esteves frisou a componente histórica e tradicional do rio Coura no concelho, tentando explicar aos presentes a importância da manutenção da mesma. Arlindo Alves por outro lado, e por meio de diversa informação recolhida durante o seu mandato à frente dos destinos da Junta de Freguesia de Formariz, apresentou aquilo que considerou serem “graves atentados ao nosso rio”, expondo fotografias acerca do estado do rio depois da realização do festival; do avançado estado de eutrofização das águas na zona da barragem de Paus (junto à descarga da Truticultura); daquilo que considera ser um funcionamento incorrecto da ETAR e, finalmente, dos milhares de peixes que em época de intensa poluição foram encontrados mortos nas margens do Rio.

Semelhante classificação foi atribuída à qualidade do espaço de debate e ao desempenho dos oradores, com clara preferência, em ambas, pelo “bom” e “satisfatório” em detrimento do muito bom. As intervenções de alguns alunos levaram a que se acendesse a discussão entre Arlindo Alves e António Esteves, acusando o primeiro a autarquia de negligência perante o problema da poluição do rio e a atribuição do título de “zona Balnear” à praia fluvial do Tabuão. De acordo com Arlindo Alves, análises de alguns anos atrás proibiram a praia fluvial a uso balnear, sendo exposta no local a respectiva informação, que poucos dias depois alguém terá retirado.

Relativamente à organização da palestra, a maioria dos assistentes classificou-a entre o “muito bom” e o “bom”, com predominância para o primeiro, o mesmo acontecendo com a pertinência do tema escolhido, que a quase totalidade classificou de “bom” a “muito bom”. O conhecimento do blog do grupo parece ser, por enquanto, restrito.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Actividades do grupo

Durante o mês de Maio, o grupo organizará e participará em eventos que proporcionarão uma maior divulgação do projecto, bem como uma projecção da questão a nível local.
Como já foi referido por diversas vezes neste blog, uma parte importante do nosso projecto é a formação e informação dos courenses acerca da preservação do rio, o que poderá constituir a longo prazo uma importante ajuda na conservação do mesmo. Com efeito, realizar-se-á no próximo dia 21 de Maio, na Praia Fluvial do Tabuão, um Peddy Papper formativo nas margens do rio, com questões directamente ligadas à sua preservação e dirigido para uma turma do ensino secundário da Escola EB 2,3/S.
Integrado no “Maio Cultural” o grupo participará no “Fórum Ambiente e Saúde”, dia 24 de Maio, aberto às várias questões trabalhadas por alunos da escola secundária ao longo do ano lectivo. Durante a intervenção do grupo, pelas 10:30h, serão explicadas as bases do projecto, bem como as conclusões estatísticas retiradas em sequência dos últimos inquéritos.
Considera a informação uma questão realmente relevante no que diz respeito à preservação do rio Coura?

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Qual o estado ambiental do rio Coura?

Qual lhe parece ser, depois de assitir à palestra "Comportamentos individuais e colectivos necessários à preservação do rio Coura", o estado ambiental do rio Coura?

Se acha que o rio se encontra, de alguma forma, poluído, indique quais lhe parecem ser as principais fontes de poluição:

Acha que as entidades responsáveis pela preservação do rio fazem tudo o que está ao seu alcance para a sua preservação?


Acha que a fauna e flora do rio têm as condições ideais de subsistência?Concorda com a atribuição do título de "zona balnear" à Praia Fluvial do Tabuão?

PS: Este inquérito foi realizado a cerca de meia centena de alunos do ensino secundário, com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos. Encontra-se agora patente no blog, para todos aqueles que quiserem colaborar.




Avaliação da Palestra "Comportamentos individuais e colectivos necessários à preservação do rio Coura"

Como classifica a informação exposta na palestra?


Como classifica o espaço de debate?
Como classifica o desempenho dos oradores?


Como classifica a organização do evento?

O tema da palestra pareceu-lhe:

Alguma vez acedeu ao blog http://oriocoura.blogspot.com, elaborado pelo grupo de trabalho que promoveu esta palestra, onde é debatida a poluição do rio Coura?
PS: Este inquérito foi realizado a cerca de meia centena de alunos do ensino secundário, com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Inquérito

É importante para nós conhecer qual a opinião dos courenses acerca do estado ambiental do Rio Coura. Num primeiro momento os jovens a frequentar o ensino secundário deixaram a sua opinião. Agora, o inquérito está patente no blog, sendo brevemente realizado e divulgado o respectivo tratamento estatístico.



Obrigada.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Águas do Coura serão alvo de análise

Depois de um intenso período a investigar os locais e situações que aparentemente constituíam um problema para a preservação do rio e de retirar as devidas conclusões sobre os respectivos funcionamentos é agora tempo de concretizar em valores se as estruturas visitadas serão ou não verdadeiros focos de poluição do rio.

É certo que através do estudo realizado pelo grupo, publicado na íntegra neste blog, é já possível tirar conclusões credíveis acerca do estado ambiental do rio. Contudo, consideramos igualmente importante apresentar os números que o podem confirmar ou desmentir, mas sobretudo clarificar. Para o efeito, começaremos por realizar as análises necessárias para avaliar os parâmetros característicos de um curso de água, nos laboratórios da Escola EB 2,3/ Secundária de Paredes de Coura, com o auxílio dos professores do grupo de Física e Química. Se, no final dos trabalhos laboratoriais se considerar necessária a avaliação de algum parâmetro que não possa ser investigado nos laboratórios da escola, tentaremos efectuá-lo em instituições credíveis como o Centro de Educação e Interpretação Ambiental de Vascões (CEIA), ou a Escola Agrária de Ponte de Lima (EAPL).

É nosso objectivo, recolher amostras em locais distintos: antes e depois de uma vacaria situada em Mozelos, depois da Truticultura (Formariz, a jusante da ponte de Mantelães) e depois da ETAR (a jusante de Formariz), sendo assim possível confirmar sem margem para duvida as estruturas que poderão incorrer em risco de poluição do rio.

A seu tempo, os resultados serão divulgados no blog, bem como a sua análise e a comparação com análises realizadas por várias entidades há alguns anos a esta parte.

domingo, 4 de março de 2007

Qual o papel de cada um na preservação do rio Coura?

Realizar-se-á no próximo dia 5 de Março, Segunda-feira, pelas 2:30h, uma palestra subordinada ao tema “Comportamentos individuais e colectivos necessários à preservação do rio Coura”, organizada por este grupo de trabalho.
A preservação do rio não cabe apenas às entidades ambientais e governamentais competentes. É necessário que cada cidadão, como pessoa individual, tenha consciência do seu papel nesta tarefa. É neste âmbito que surge a ideia de uma palestra. O objectivo é dar a conhecer a um público com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos quais os gestos que, no dia-a-dia, podem contribuir para um rio Coura mais limpo. Revela-se urgente informar as camadas mais jovens do quão importante é essa preservação, tornando-os desde já parte activa na tarefa. A palestra estará, porém, aberta a toda a comunidade courense e contará com a presença de Maria do Carmo Miranda, representante da área protegida do Corno de Bico; Arlindo Alves, membro da CDU concelhia e parte activa numa série de questões ligadas à poluição do rio Coura; António Esteves, vereador municipal do ambiente.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

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É importante para a realização do nosso projecto apercebermo-nos de qual a opinião da população em geral acerca da poluição do rio Coura.
Gostávamos, portanto, que os leitores do blog aproveitassem a zona de comentários para colaborar connosco, dando-nos a conhecer aquilo que pensam sobre o assunto.
Acha que o rio Coura está poluído? Se sim, quais lhe parecem ser as principais fontes poluidoras? Quais os problemas que o rio enfrenta e o que poderia ser feito para melhorar a sua qualidade, assegurando a sua preservação? E a quem compete fazê-lo?
Pode responder a estas perguntas e comentar todos os assuntos que estejam relacionados com a temática, na zona de comentários.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Visita a uma vacaria Courense

Por muitos consideradas como fortes focos de poluição do rio Coura, a grande maioria das vacarias courenses, sobretudo as que se localizam próximo do curso de água, registam já diversos problemas quer com a Câmara Municipal quer com diversas instituições de cariz ambiental. Por essa razão, achamos por bem visitar uma vacaria courense, a fim de verificar no local as suas condições de funcionamento, incidindo sobretudo sobre o funcionamento dos seus sistemas de esgotos. Rumamos até Mozelos, onde se encontra estabelecida uma das poucas vacarias devidamente legalizadas do concelho, segundo informações recolhidas.
Reestruturada há cerca de dois anos a esta parte, altura em que foram ampliadas as instalações e implementadas novas técnicas, a vacaria possui actualmente capacidade para mais de uma centena de animais. O principal objectivo para que está vocacionada, afirma o proprietário, é para a produção de grandes quantidades de leite, o qual é periodicamente recolhido por algumas marcas do mercado. Com efeito, a maioria dos animais são mantidas no interior da vacaria durante todo o dia, o que exige naturalmente um cuidado redobrado com a higiene da mesma. Os detritos animais são constantemente retirados através de dois raspadores automáticos, devidamente programados. Daí, são encaminhados para uma fossa vedada e isolada, que se encontra no exterior da vacaria. A proximidade do rio não parece ser um problema. Questionado sobre o destino daqueles detritos, o proprietário confirma que são distribuídos pelos diversos hectares de terreno que possui por todo o concelho. O problema da escorrência da matéria para o rio, nos terrenos que envolvem a vacaria e que fazem fronteira com o curso não se coloca, uma vez que o proprietário garante que não são ultrapassados os limites de absorção dos terrenos. Além disso, garante o proprietário “uma vez que possuímos vários hectares de terrenos por todo o concelho, a matéria que recolhemos é distribuída por todos eles, sem os prejudicar”.
A licença da vacaria, confessa, “não foi fácil de alcançar”, mas o facto de os doze pareceres exigidos por lei terem sido todos aprovados jogou a seu favor. Actualmente tudo está em ordem, como confirmam as inspecções positivas regularmente efectuadas por técnicos ambientais.